Esturjão-Branco: O Peixe Gigante e Seus Segredos
Esturjão-branco ou esturjão-beluga. Se você é apaixonado por peixes e vida aquática, o esturjão-branco (Huso huso) vai te impressionar. Este majestoso peixe, conhecido por seu tamanho imenso e aparência pré-histórica, é um dos maiores representantes da família Acipenseridae.
Neste artigo, vamos explorar as características fascinantes, o habitat e a importância ecológica do esturjão-branco, revelando porque ele é tão especial no mundo da ictiologia.
O Que é o Esturjão-Branco (Huso huso)?
O Esturjão-branco (Huso huso), também conhecido como beluga, é um dos maiores peixes de água doce do mundo, reconhecido por sua grandeza e longevidade. Encontrado principalmente nos mares Cáspio e Negro, essa espécie é famosa não apenas pelo tamanho, mas também pela produção do famoso caviar beluga. O esturjão-branco pode atingir até seis metros de comprimento e pesar mais de uma tonelada, tornando-se uma das criaturas mais impressionantes do ecossistema aquático.
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Uma das características do esturjão-branco é seu longo ciclo de vida, podendo viver mais de 100 anos. Este peixe cartilaginoso possui um corpo alongado e robusto, com uma pele áspera e sem escamas, características que o distinguem de outras espécies de esturjão. Sua alimentação é baseada em pequenos peixes e invertebrados, o que o torna um predador eficaz em seu habitat natural. A espécie é migratória, deslocando-se entre água doce e salgada durante diferentes fases de sua vida.
A definição de Huso huso na biologia marinha refere-se a uma espécie crítica para o equilíbrio ecológico, além de sua importância econômica para a pesca e produção de caviar. Devido à exploração excessiva, o esturjão-branco está atualmente em perigo de extinção, o que levou a esforços globais de conservação para preservar essa espécie majestosa. Em diversos países, a pesca do esturjão-branco é rigorosamente controlada, e o comércio de caviar é regulamentado para evitar o colapso de suas populações.
Apesar de seu status de conservação, o Huso huso continua a ser uma peça-chave no estudo dos ecossistemas aquáticos e no mercado de luxo global. O futuro dessa espécie depende de iniciativas eficazes que combinem conservação e sustentabilidade. Entender a biologia e o comportamento desse peixe é essencial para promover a recuperação de suas populações e manter a biodiversidade nos habitats onde o esturjão-branco ainda pode ser encontrado
Características Físicas do Esturjão-Branco
O esturjão-branco (Huso huso) se destaca por seu imponente tamanho e robustez, sendo uma das maiores espécies de peixes do mundo. Com um corpo alongado e musculoso, ele pode atingir até seis metros de comprimento em sua fase adulta, tornando-o um verdadeiro gigante dos rios e mares. Seu peso, que pode ultrapassar uma tonelada, faz com que ele seja altamente admirado tanto por pescadores quanto por biólogos marinhos que estudam seu comportamento.
A aparência do Huso huso é marcante, com um corpo coberto por placas ósseas conhecidas como escudos, em vez de escamas tradicionais. Essas placas proporcionam uma camada de proteção adicional, ajudando o peixe a se defender de predadores naturais. Além disso, seu focinho alongado e achatado, característico dos esturjões, facilita a busca por alimento no fundo dos rios e lagos, onde ele se alimenta de pequenos peixes e invertebrados.
Outra característica física notável é a boca do esturjão-branco, que está localizada na parte inferior de sua cabeça. Adaptada para sucção, ela não possui dentes, sendo ideal para capturar presas no fundo lodoso. Seus barbilhões sensoriais, localizados próximo à boca, ajudam o esturjão a detectar vibrações e localizar suas presas com precisão, mesmo em águas turvas. Esse mecanismo é fundamental para sua sobrevivência em ambientes de baixa visibilidade.
O tamanho do esturjão-branco varia ao longo de sua vida, com os indivíduos mais jovens medindo entre um e dois metros, enquanto os mais velhos podem ultrapassar os cinco metros. A combinação de seu porte impressionante e sua capacidade de viver por mais de um século torna essa espécie única entre os peixes de água doce. Em termos de cor, sua pele varia de um cinza escuro a um azul-acinzentado, o que lhe proporciona uma camuflagem eficaz em seu habitat natural.
Os olhos do Huso huso são relativamente pequenos em comparação ao restante do corpo, refletindo sua dependência de outros sentidos, como os barbilhões e a linha lateral, para detectar movimentos na água. Sua visão limitada não o impede de ser um predador eficaz, utilizando seu olfato e sensibilidade a vibrações para capturar suas presas.
Finalmente, a estrutura corporal do esturjão-branco é adaptada para longas migrações entre rios e mares. Com uma cauda heterocerca, onde o lobo superior é mais longo que o inferior, ele é capaz de nadar grandes distâncias com eficiência. Esse design hidrodinâmico o ajuda a economizar energia enquanto viaja em busca de áreas de reprodução ou alimentação, garantindo sua sobrevivência em diferentes ambientes aquáticos.
Habitat e Distribuição
O esturjão-branco (Huso huso) habita principalmente as águas do Mar Cáspio, Mar Negro e, em menor extensão, o Mar de Azov. Esses mares fornecem as condições ideais para o desenvolvimento da espécie, com suas águas salobras e abundância de alimento. Embora passe grande parte da vida em ambientes marinhos, o esturjão-branco migra para os rios para desovar, preferindo águas doces para a reprodução. Essa característica migratória é essencial para o ciclo de vida do esturjão, ligando seu habitat a diferentes corpos d’água.
A distribuição do Huso huso se estende ao longo de importantes rios que deságuam nos mares Cáspio e Negro, como o rio Volga, Danúbio e Ural. Esses rios desempenham um papel vital na reprodução da espécie, fornecendo os locais adequados para o desova em águas calmas e rasas. Além disso, os jovens esturjões passam a fase inicial de suas vidas em rios antes de migrarem para os mares, onde se tornam adultos. Essa distribuição geográfica torna a espécie dependente de rios limpos e não bloqueados por barragens.
A degradação dos habitats fluviais e a construção de barreiras artificiais têm impactado significativamente onde vive o esturjão-branco, restringindo suas rotas migratórias. A poluição das águas e a pesca excessiva também representam ameaças à sua sobrevivência. O Mar Cáspio, em particular, tem sido foco de atenção, pois é o principal habitat da espécie, abrigando a maior parte da população remanescente de esturjões-brancos no mundo. Por isso, esforços de conservação estão concentrados na preservação desse ecossistema.
Atualmente, a distribuição geográfica do esturjão-branco está limitada em comparação com séculos anteriores. A fragmentação dos rios e a perda de habitats naturais reduziram drasticamente as áreas de reprodução da espécie. No entanto, há projetos de repovoamento e restauração de habitats que visam recuperar as rotas migratórias e garantir a continuidade da espécie. A sobrevivência do Huso huso depende diretamente de um equilíbrio entre preservação ambiental e controle das atividades humanas que afetam seu habitat natural.
Alimentação e Comportamento do Esturjão-Branco
A alimentação do esturjão-branco (Huso huso) é predominantemente carnívora, composta principalmente por peixes pequenos e invertebrados aquáticos. Com seu focinho alongado e barbilhões sensoriais, o esturjão-branco é capaz de localizar presas no fundo dos rios e mares, mesmo em condições de baixa visibilidade. Sua boca adaptada para sucção permite que ele capture alimentos de maneira eficiente, retirando presas do lodo e detritos do fundo. Essa dieta rica em proteínas contribui para seu rápido crescimento e grande porte.
O comportamento do Huso huso reflete sua natureza migratória. Durante seu ciclo de vida, ele alterna entre ambientes de água doce e salgada, movendo-se dos mares para os rios na época de desova. Ao longo do ano, o esturjão-branco percorre grandes distâncias em busca de áreas ricas em alimento, sendo considerado um dos maiores predadores dos ecossistemas aquáticos em que vive. Essa mobilidade e capacidade de adaptação a diferentes ambientes tornam a espécie única entre os esturjões.
Além de sua alimentação, o comportamento do esturjão-branco é influenciado pela temperatura da água e pela disponibilidade de recursos. Ele tende a se mover em águas mais profundas durante os meses mais frios e se aproxima da superfície ou das margens quando as condições são mais favoráveis. O esturjão-branco é uma espécie de crescimento lento, o que torna seu comportamento em relação à caça e reprodução ainda mais importante para sua sobrevivência a longo prazo.
Em termos de interação com outras espécies, o Huso huso é um predador de topo, controlando as populações de pequenos peixes e contribuindo para o equilíbrio do ecossistema. Seu comportamento geralmente é solitário, exceto durante as migrações em massa para desova, quando grandes grupos podem ser vistos se deslocando ao longo dos rios. Essas migrações em grupo também são uma estratégia de sobrevivência, já que aumentam as chances de reprodução bem-sucedida e minimizam os riscos de predação.
O Que o Esturjão-Branco Come?
A dieta do esturjão-branco (Huso huso) é majoritariamente carnívora, composta por uma variedade de presas que ele encontra no fundo dos rios e mares. Desde sua fase jovem até a adulta, o esturjão-branco se alimenta de peixes menores, crustáceos e outros invertebrados aquáticos. Utilizando seus barbilhões sensoriais, o esturjão é capaz de localizar alimentos no fundo lodoso, o que lhe garante uma fonte constante de nutrientes essenciais para seu crescimento.
Conforme o esturjão-branco atinge a fase adulta, sua alimentação se torna ainda mais variada. Além de peixes pequenos, ele começa a caçar espécies maiores, como carpas e arenques, e até ocasionalmente moluscos. A habilidade de mudar sua dieta ao longo da vida é uma das razões pelas quais o Huso huso consegue crescer tanto, alcançando um tamanho impressionante. Esse comportamento alimentar também o posiciona como um predador de topo nos ecossistemas aquáticos em que vive.
A alimentação do Huso huso é facilitada por sua boca adaptada para sucção, que permite ao esturjão-branco capturar suas presas com facilidade. Ao invés de caçar de maneira agressiva, ele prefere se posicionar próximo ao fundo do rio ou do mar, aguardando pacientemente que suas presas se aproximem. Essa estratégia de alimentação de espera e ataque é extremamente eficiente, minimizando seu gasto de energia e maximizando a quantidade de alimento consumido.
Além dos pequenos peixes, a dieta do esturjão-branco pode incluir também larvas de insetos e pequenos organismos bentônicos, que se encontram no substrato do ambiente aquático. A diversidade alimentar do esturjão-branco é fundamental para sua sobrevivência em ambientes que sofrem variações sazonais de disponibilidade de presas. Adaptável e oportunista, o Huso huso garante sua posição de destaque no ecossistema, sempre ajustando sua dieta de acordo com as condições do habitat.
Hábitos e Comportamento Natural
Os hábitos do esturjão-branco (Huso huso) são fortemente influenciados por sua necessidade de migração. Esta espécie migratória passa grande parte de sua vida em águas salgadas, mas retorna aos rios de água doce para desovar. Esse comportamento é conhecido como anádromo, e é uma característica essencial para a sobrevivência do esturjão-branco. Durante essas migrações, o Huso huso percorre grandes distâncias, demonstrando notável resistência e capacidade de adaptação a diferentes ambientes.
O comportamento do esturjão-branco é marcado por sua atividade noturna, quando ele se torna mais ativo na busca por alimento. Durante o dia, o esturjão tende a permanecer nas profundezas, próximo ao fundo, onde se sente mais seguro. Sua movimentação é lenta e deliberada, refletindo seu papel como predador de topo. Esse comportamento cauteloso ajuda a evitar predadores naturais e a otimizar a eficiência na caça de presas.
Quando se trata de interações sociais, o Huso huso é uma espécie solitária, exceto durante as migrações reprodutivas, quando grandes grupos se reúnem para viajar juntos. Esses cardumes são temporários e formados com o único objetivo de garantir a reprodução bem-sucedida. Fora desse período, o esturjão-branco prefere caçar e se alimentar sozinho, aproveitando sua habilidade de detectar presas com seus barbilhões sensoriais em águas profundas.
Outro aspecto interessante dos hábitos do Huso huso é sua longevidade, que influencia diretamente seu comportamento. Com uma vida que pode ultrapassar os 100 anos, o esturjão-branco adota uma abordagem lenta e calculada em seu crescimento e reprodução. Esse comportamento de desenvolvimento tardio, aliado à sua baixa taxa de reprodução, torna a espécie especialmente vulnerável à pesca excessiva e à degradação de habitats, o que tem levado à implementação de esforços globais de conservação.
Conservação e Ameaças ao Esturjão-Branco
A conservação do esturjão-branco (Huso huso) é uma questão crítica devido ao seu estado de vulnerabilidade. Como uma das espécies mais ameaçadas de extinção no mundo, os esforços de conservação se concentram principalmente na proteção de seus habitats naturais e na regulamentação rigorosa da pesca. A sobrepesca, principalmente para a obtenção do caviar beluga, tem sido um dos principais fatores que levaram à drástica redução das populações de esturjão-branco nas últimas décadas.
As ameaças ao Huso huso não se limitam apenas à pesca excessiva. A construção de barragens e outras estruturas artificiais nos rios interrompe suas rotas migratórias, impedindo o acesso a áreas de desova essenciais para a reprodução. A fragmentação de seus habitats e a degradação ambiental, como a poluição das águas, também desempenham um papel importante no declínio dessa espécie. Essas barreiras criadas pelo homem reduzem a taxa de sucesso reprodutivo e comprometem a viabilidade das populações de esturjão-branco.
Os esforços de conservação do Huso huso incluem a criação de áreas protegidas e projetos de repovoamento. Alguns países implementaram programas de reprodução em cativeiro e soltura controlada para tentar recuperar as populações de esturjão-branco em estado selvagem. Além disso, o comércio internacional de caviar e outros produtos derivados do esturjão-branco é regulamentado pela CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres), o que ajuda a reduzir a exploração ilegal.
Apesar das medidas de conservação, o futuro do esturjão-branco ainda é incerto. A cooperação internacional é necessária para combater as ameaças que ele enfrenta, especialmente em torno das áreas do Mar Cáspio e do Mar Negro, onde a espécie é mais abundante. A conscientização pública sobre a importância da preservação dessa espécie e a implementação de práticas sustentáveis são fundamentais para garantir a sobrevivência do esturjão-branco nas próximas gerações.
Status de Conservação
O status de conservação do esturjão-branco (Huso huso) é extremamente crítico. A espécie está classificada como “Criticamente Ameaçada” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o que significa que corre um risco iminente de extinção na natureza. Esse alerta reflete a rápida diminuição de suas populações ao longo das últimas décadas, devido principalmente à sobrepesca e à destruição de habitats essenciais para sua reprodução.
A situação de conservação do esturjão-branco é agravada pela elevada demanda por caviar, o que intensifica a captura ilegal. Embora a pesca do Huso huso seja regulada em muitas regiões, a pesca clandestina continua a ser um grande problema. A coleta de ovos para a produção de caviar compromete gravemente as chances de recuperação da população, pois a espécie demora muitos anos para atingir a maturidade sexual e se reproduzir.
Medidas para melhorar o status do Huso huso incluem iniciativas globais para a criação em cativeiro e a reintrodução de indivíduos em habitats naturais. Além disso, programas de monitoramento e restrições mais severas à pesca são essenciais para tentar frear o declínio dessa espécie. A cooperação entre os países da bacia do Mar Cáspio e do Mar Negro é vital, pois esses são os principais ecossistemas onde o esturjão-branco é encontrado.
Mesmo com esses esforços, o futuro do esturjão-branco depende da conscientização sobre sua importância ecológica e da manutenção de políticas ambientais rigorosas. Sem essas ações coordenadas e sustentáveis, a recuperação da espécie se torna um desafio cada vez maior, colocando em risco não apenas o esturjão-branco, mas também o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos onde ele desempenha um papel crucial.
Ameaças e Medidas de Proteção
As ameaças ao esturjão-branco (Huso huso) são numerosas e complexas, afetando diretamente sua sobrevivência. A sobrepesca, especialmente para a extração de caviar, é uma das principais causas do declínio acentuado da população. A captura desenfreada de fêmeas, que são altamente valorizadas por seus ovos, prejudica gravemente o ciclo reprodutivo da espécie, uma vez que o esturjão-branco leva muitos anos para atingir a maturidade sexual.
Além da pesca, a construção de barragens e a poluição dos rios também figuram entre as principais ameaças ao Huso huso. As barragens interrompem as rotas migratórias necessárias para a desova, enquanto a poluição degrada a qualidade da água, afetando o habitat natural do esturjão. Com menos áreas disponíveis para reprodução e ambientes cada vez mais hostis, o número de indivíduos tem diminuído drasticamente.
As medidas de proteção do esturjão-branco incluem a implementação de zonas protegidas em rios e mares onde a espécie ainda é encontrada. Essas áreas visam preservar os habitats de desova e proibir a pesca durante os períodos de migração. Além disso, diversos países estabeleceram limites rigorosos para a captura e o comércio de caviar, bem como programas de reprodução em cativeiro, que são fundamentais para a tentativa de repovoamento.
Outro aspecto importante na proteção do Huso huso é a conscientização pública e a colaboração internacional. O envolvimento de governos, ONGs e a população é essencial para garantir que as medidas de conservação sejam eficazes. Somente com um esforço coordenado será possível reverter o declínio dessa espécie crítica e assegurar sua sobrevivência a longo prazo.
Curiosidades e Fatos Interessantes sobre o Esturjão-Branco
Uma das curiosidades do esturjão-branco (Huso huso) é sua impressionante longevidade. Este peixe pode viver por mais de 100 anos, o que o torna uma das criaturas aquáticas mais longevas do planeta. Esse fato, aliado ao seu lento crescimento, faz com que o esturjão-branco seja uma espécie única, capaz de sobreviver em ambientes desafiadores ao longo de várias décadas.
Outro dos fatos sobre o Huso huso é seu tamanho colossal. O esturjão-branco pode atingir até seis metros de comprimento e pesar mais de uma tonelada, tornando-o o maior peixe de água doce do mundo. Essa característica física impressionante o distingue de outras espécies de esturjões e lhe confere uma posição de destaque nos ecossistemas onde vive, atuando como um dos predadores de topo.
Além disso, uma curiosidade fascinante é que o caviar beluga, obtido dos ovos do esturjão-branco, é considerado o mais caro e raro do mundo. Por causa disso, o Huso huso tem sido alvo de pesca intensa, o que contribuiu para seu estado crítico de conservação. O caviar pode chegar a valores exorbitantes no mercado, sendo visto como um verdadeiro símbolo de luxo e sofisticação.
Por fim, um dos fatos curiosos sobre o esturjão-branco é seu comportamento migratório. Ele é uma espécie anádroma, o que significa que passa grande parte de sua vida em água salgada, mas retorna aos rios para se reproduzir. Esse hábito de migração, muitas vezes por distâncias longas, é vital para o ciclo de vida da espécie e demonstra sua incrível resistência e adaptabilidade em diferentes ambientes.
Esturjão-Branco na Cultura e História
O esturjão-branco na cultura tem sido valorizado por séculos, especialmente nas regiões ao redor do Mar Cáspio e do Mar Negro. O caviar beluga, feito a partir de seus ovos, tornou-se um símbolo de luxo e sofisticação, sendo apreciado por monarcas, nobres e elites ao longo da história. No Império Russo, o caviar era considerado um tesouro nacional e servido em banquetes reais, consolidando o esturjão-branco como um ícone de riqueza e status.
Além do valor econômico, o histórico do Huso huso está ligado às tradições e lendas dos povos que habitam as margens dos rios Volga e Danúbio, onde o esturjão é visto como uma criatura majestosa e quase mítica. Muitos pescadores consideram o esturjão-branco um sinal de boa sorte, e sua captura, uma façanha impressionante. Essa reverência cultural reflete a importância do peixe não só como recurso alimentar, mas também como parte integrante das identidades locais.
Na antiguidade, o esturjão-branco já era consumido por civilizações antigas, como os persas, que o viam como uma iguaria digna dos mais altos escalões sociais. Com o tempo, o caviar produzido a partir de seus ovos foi introduzido na Europa Ocidental e se espalhou por todo o mundo, transformando-se em um símbolo global de luxo. Hoje, a cultura em torno do esturjão-branco é mais ampla, com medidas de conservação refletindo sua importância ecológica e histórica.
O Huso huso também desempenha um papel na cultura moderna, especialmente em debates sobre sustentabilidade e conservação. A pesca predatória e a ameaça de extinção levantaram questões éticas sobre o consumo de caviar e a preservação de espécies em risco. Essa discussão reflete a evolução da percepção cultural do esturjão-branco, que agora é visto não apenas como um símbolo de riqueza, mas também como um ícone da luta pela preservação ambiental.
Impacto Econômico e Ecológico
A importância econômica do esturjão-branco (Huso huso) é inegável, especialmente devido à produção de caviar beluga, um dos produtos mais caros e prestigiados do mundo. A pesca do esturjão-branco sustenta indústrias inteiras nas regiões ao redor do Mar Cáspio e do Mar Negro, onde o caviar é exportado para mercados globais. O comércio de caviar é uma fonte significativa de receita para muitos países, tornando o Huso huso uma espécie de grande valor comercial.
No entanto, essa alta importância econômica tem um custo. A sobrepesca para a produção de caviar não apenas ameaça a população de esturjões, mas também afeta o equilíbrio ecológico dos rios e mares onde vivem. Como predadores de topo, o impacto ecológico do Huso huso é fundamental para controlar as populações de outras espécies de peixes e invertebrados. A diminuição das populações de esturjão-branco pode causar desequilíbrios nos ecossistemas aquáticos, afetando a biodiversidade.
Além de seu papel como predador, o Huso huso contribui para a saúde dos ecossistemas ao migrar entre águas doces e salgadas, ajudando a distribuir nutrientes e apoiar a biodiversidade em diferentes ambientes. A fragmentação de habitats e a pesca excessiva afetam esse ciclo natural, comprometendo não apenas a sobrevivência da espécie, mas também o bem-estar dos ecossistemas aquáticos. Portanto, o impacto ecológico do esturjão-branco é amplo e interligado com outros elementos do meio ambiente.
Apesar dos desafios, a busca por práticas de pesca sustentável e programas de conservação reflete a necessidade de equilibrar o impacto econômico e ecológico do esturjão-branco. Garantir a proteção dessa espécie é crucial não apenas para manter as indústrias que dependem dela, mas também para preservar o equilíbrio dos ecossistemas onde o Huso huso desempenha um papel essencial.
Conclusão
O esturjão-branco (Huso huso) é uma espécie de enorme valor ecológico, econômico e cultural. Ao longo deste artigo, exploramos suas características físicas impressionantes, seus hábitos migratórios e alimentares, e a importância de sua preservação. A ameaça que ele enfrenta devido à pesca excessiva e à degradação ambiental destaca a necessidade urgente de medidas de conservação eficazes. O equilíbrio dos ecossistemas aquáticos depende em grande parte da proteção de espécies-chave como o esturjão-branco.
O resumo do esturjão-branco não estaria completo sem mencionar seu impacto na economia global, especialmente através da produção de caviar beluga, e seu papel histórico em várias culturas ao longo dos séculos. Além de sua relevância comercial, o esturjão-branco desempenha um papel crítico no controle das populações de outras espécies, o que reforça sua posição como um predador de topo. Sua conservação é essencial não apenas para a manutenção de atividades econômicas, mas também para garantir a saúde dos ecossistemas onde ele habita.
Em nossa conclusão sobre o Huso huso, fica claro que os esforços de conservação precisam ser uma prioridade global. A cooperação internacional, aliada à conscientização pública, pode ajudar a reverter o declínio desta espécie e assegurar sua sobrevivência para as gerações futuras. Preservar o esturjão-branco não é apenas uma questão ambiental, mas também uma responsabilidade econômica e cultural, refletindo a interdependência entre a humanidade e o meio ambiente.
Se você deseja saber mais sobre a preservação do esturjão-branco e outras espécies ameaçadas, continue acompanhando nosso blog. Juntos, podemos ajudar a proteger essas criaturas incríveis e promover um futuro mais sustentável para nossos ecossistemas aquáticos.
Perguntas frequentes sobre o esturjão-branco
Qual o tamanho do esturjão branco?
O tamanho do esturjão-branco (Huso huso) pode atingir até 6 metros de comprimento e pesar mais de 1 tonelada, tornando-o um dos maiores peixes de água doce do mundo.
Qual o maior esturjão já encontrado?
O maior esturjão já encontrado foi um esturjão-beluga que pesava cerca de 1.571 kg e media 7,2 metros, capturado no Rio Volga.
Quanto custa 1 kg de caviar de esturjão?
O preço de 1 kg de caviar de esturjão beluga pode variar, mas geralmente custa em torno de US$ 7.000 a US$ 10.000, dependendo da qualidade e do mercado.
Onde se encontra o peixe esturjão?
O peixe esturjão é encontrado principalmente nas regiões dos mares Cáspio, Negro e de Azov, e nos rios que deságuam nesses mares, como o Volga, Danúbio e Ural.